A origem do Shar Pei é incerta. Pode ser um descentente do Chow Chow, a quem assemelha-se pela língua "azul". É possível que tenha surgido inicialmente no Tibete ou no Norte da China há 20 séculos, sendo que os primeiros exemplares da raça eram bem maiores do que os atuais. Existem obras de arte antiquíssimas (Dinastia Han, 206 a.c) que retratam o Shar Pei.
No passado esse excelente caçador de javalis e guardador de rebanhos, era também utilizado para combates, esporte extremamente popular na China. Sua pele "solta" dificultava o abocanhar dos adversários de combate e há quem diga que eram utilizadas drogas para instigar sua agressividade, já que se trata de um cão afável e dócil.
Devido à política chinesa de cobrar altos impostos sobre os proprietários de cães e promover verdadeiras matanças de cães, o Shar Pei correu sério risco de extinção, chegando em 1974, a figurar no Livro Guiness dos Recordes como o cão mais raro do mundo. Sua extinção só foi evitada devido ao trabalho de preservação iniciado pelos americanos na década de 70, e assim suas características de "lutador" foram também substituídas por suas virtudes de cão de companhia.
De aparência exótica e bastante singular, é um cão compacto, ágil e forte, caracterizado pela pele solta que forma pregas pelo corpo. Tem orelhas pequenas e retangulares, dobradas em direção aos olhos. Sua cauda é vertida em direção ao tronco e sua pelagem é curta e eriçada.
PERSONALIDADE
Parece estar sempre um pouco "triste", mas é um cachorro alegre e que se adapta bem à casa. Tranquilo e leal, tem particular facilidade em se relacionar com as crianças. Que o diga Xuxa, a "Rainha dos Baixinhos", que na década de 80, lançou até uma música "Meu Querido Xuxo", e Xuxo era justamente o seu Shar Pei.
A principal característica física da raça – a abundância de rugas – foi recentemente alterada pelos chineses, mas quando filhote o Shar Pei ainda é considerado o cão mais enrugado do mundo.
Em 1994, Federação Cinológica Internacional (FCI) promoveu diversas alterações no padrão da raça, e a mais importante foi justamente a "redução" das pelancas do cão adulto no tronco e no dorso. Segundo o novo padrão, as pelancas devem se concentrar na cebeça e no pescoço. Foram alteradas ainda as proporções de peso e altura do cão. Na versão antiga do padrão da raça estabelecia-se que a cabeça deveria ser bem grande em comparação com o resto do corpo, o que pelo novo padrão da raça é desabonador, assim como o excesso de peso e de altura.
SER SHAR PEI É:
- Aprender rapidamente os hábitos de higiene
- Gostar de ficar deitado ao lado dos donos, na maior tranqüilidade. Nada de grandes agitos e correrias.
- Dar-se bem com pessoas estranhas
- Nem sempre gostar de outros cães, herança das raças de luta
- Viver bem em lugares grandes ou pequenos
- Ser caseiro, de fácil adaptação
- Não precisar de mais de 15 minutos de passeio por dia
- Latir pouquíssimo
- Gostar de crianças, ainda que canse logo e não aguente horas de folia
- Chamar atenção onde quer que esteja
- Conquistar corações com um jeito especialmente envolvente e cativante.
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